sábado, 27 de agosto de 2011

NEOPLASIAS - TIPOS DE TUMORES.

Tumores Benignos:
Os tumores benignos são formados por células adultas que crescem lenta e ordenadamente. Apesar de não invadirem os tecidos adjacentes, ou seja, não metastizam, eles podem provocar lesões por compressão de estruturas vitais. Após a ressecção completam não recidivam, ou seja...não aparecem novamente.

Tumores Malignos:
A célula maligna é aquela cuja estrutura e actividade básicas ficaram perturbadas, devido a uma alteração nas funções reguladoras do DNA. Qualquer pequena alteração do DNA provoca uma distorção das funções biológicas, que conduz a uma crescimento desordenado das células. As células malignas perdem a função especializada da célula normal, ou podem adquirir novas características ou funções. As células malignas invadem os tecidos adjancentes, incluindo os vasos linfáticos e sanguíneos, através dos quais chegam a partes distantes (metastização). Tendem a recidivar após tratamento.


Fisiopatologia:



O desenvolvimento do câncer esta associado com proliferação e crescimento celular desordenado. Diferentes mecanismos podem ser iniciadores do processo, tais como auto- suficiência na geração de sinais de crescimento, insensibilidade aos sinais anti-crescimento, desvio das vias de apoptose (um tipo de morte celular), elevado potencial para proliferação e angiogênese (formação de novos vasos). Como conseqüência ocorre a expansão de uma massa celular, denominada tumor, capaz de invadir tecidos adjacentes. O crescimento do tumor passa por diferentes estágios conhecidos como iniciação, promoção e progressão. Em muitos casos, células deste tumor ganham a corrente sanguínea, instalando-se em regiões diversas do organismo, o que é denominado metástase. Do ponto de vista clínico, o termo câncer é aplicado a tumores metastáticos, também denominados tumores malignos.




O câncer hoje é compreendido não como uma única doença, mas como um conjunto de mais de 400 distintos diagnósticos histológicos, cada qual estando associado com comportamentos biológicos e modelos de expansão específicos. Apesar da grande diversidade do câncer, há notáveis similaridades nas manifestações clínicas de pacientes com a doença. Mesmo pacientes sem metástases experimentam efeitos sistêmicos tais como anorexia e caquexia.

A caquexia é uma síndrome caracterizada por perda de peso, anorexia, astenia, anemia e alterações profundas no metabolismo de carboidratos, lipídeos e aminoácidos. O estado caquético está invariavelmente associado com a presença e crescimento do tumor, e leva a um estado de desnutrição devido à indução de anorexia ou decréscimo da ingestão de alimentos. A caquexia parece originar-se de uma persistente resposta à doença, resultando na produção de citocinas pró-inflamatórias e hormônios catabólicos que impedem o uso apropriado dos nutrientes.
A perda de peso em pacientes caquéticos deve-se igualmente à perda de gordura e de massa muscular, e o processo é caracterizado por um aumentado catabolismo de proteínas musculares esqueléticas e um decréscimo na síntese protéica. Este processo também envolve proteínas cardíacas, resultando em importantes alterações na performance do coração. 
Apesar do grande desenvolvimento científico e tecnológico na área da saúde nos últimos tempos e dos inúmeros esforços para encontrar tratamento e cura para o câncer, fica evidente que os principais avanços na pesquisa estão mais focados na prevenção que na cura da doença.







Evidências de que a actividade física esta associada à prevenção, ou redução no risco de desenvolvimento do câncer tem sido acumuladas rapidamente. A sociedade americana do câncer ressalta que, para a maioria dos americanos que não fumam, a dieta e a actividade física são os fatores modificáveis mais importantes no risco da doença. Actualmente, os dados epidemiológicos classificam o efeito do exercício na redução do rico de cancer como “convincente” para cânceres de mama e cólon, “provável” para câncer de próstata, “possível”
para pulmão e câncer de endométrio e “insuficiente” para outros locais. A realização de mais pesquisas certamente permitirá que possamos melhor estabelecer a relação entre o risco de desenvolvimento de diversos tipos de câncer e atividadedetalhamento dos mecanismos biológicos que explicam tais associações. Muitos dos mecanismos responsáveis pelo efeito protetor do exercício sobre o risco de desenvolvimento de câncer relacionam-se ou dependem dos efeitos do exercício sobre a obesidade. Por exemplo, redução do tecido adiposo com consequente redução nos níveis circulantes de hormônios secretados por este tecido, como adipocinas e estrógenos, e também melhora na resistência periférica e redução dos níveis sanguíneos da insulina são efeitos bem evidentes do exercício, e todos estes factores possuem algum grau de relação com o risco de desenvolvimento do câncer.

Outros mecanismos envolvem efeitos do exercício sobre parâmetros independentes da obesidade. Por exemplo, no músculo esquelético a atividade física reduz a resistência à insulina mesmo sem modificação na composição corporal, sendo hábil em reduzir a hiperinsulinemia. A atividade física também afeta a motilidade do cólon, reduzindo o tempo de transito intestinal, e a exposição do cólon a carcinógenos. São ainda importantes os efeitos do exercício regulando processos inflamatórios e melhorando o reparo, ou reduzindo os danos oxidativos causados ao DNA. Os principais mecanismos através dos quais o exercício reduz o risco de desenvolvimento de diferentes tipos de câncer são:

Mecanismo
Tipos de câncer potencialmente afetados
Hormônios sexuais
Mama, endométrio, próstata
Insulina, glicose
Cólon, Mama, pâncreas e diversos cânceres associados a obesidade, como de esôfago, renal,tireóide e endométrio.
Inflamação
Maioria dos tipos de câncer
Função imunitária
Maioria dos tipos de câncer
Adipocinas
Diversos cânceres relacionados à obesidade, como cólon, mama (pós-menopausa), esôfago,renal, tireóide e endométrio.

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